Como solucionar essa(s) diferença(s)?!?!

Quando olhamos a foto ao lado e refletimos sobre desigualdades, a primeira questão que surge provavelmente é sobre a desigualdade de gênero. Mas como solucionar essa diferença salarial, lutando por premiações e salários equivalentes? A equiparação dos salários das mulheres aos dos homens tem acontecido, embora muito menos do que o esperado e apenas em alguns setores da sociedade.

Mas há tantas outras desigualdades gritantes no esporte:  de classe social, por região do país, em relação à faixa etária, racial e étnica e muitas mais que violam o direito universal prescrito no artigo 217 da constituição brasileira. Como estamos vendo, a foto ilustrativa que despertou essa reflexão, traz muito mais do que aparenta.  Assim como em grande parte de nossa sociedade, no esporte também vigora a lógica de um sistema piramidal, ou seja, alguns têm muito mais oportunidades que outros, por inúmeras razões, além das citadas acima. 

Então, para efetivamente enfrentarmos as desigualdades no esporte, necessitamos sem dúvida combater as desigualdades sociais  em suas bases: na distribuição salarial, na valorização de todas as profissões,  nos mecanismos que garantam a efetividade universal dos direitos, enfim, na criação de condições para que todas as pessoas acessem oportunidades e possam fazer escolhas para uma vida plena, digna e justa. As informações abaixo nos ajudam a analisar mais elementos e argumentos para um bom debate:

-  O Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano "Movimento é Vida", produzido em 2017 pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), propõe princípios centrais "que devem orientar as ações na área, de modo a aumentar e qualificar o envolvimento das pessoas com as Atividades Físicas e Esportivas". Confira aqui a íntegra do relatório (os princípios citados estão explicados no "Resumo Executivo");

 - A Pesquisa Nacional de Saúde 2019, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que 34,2% dos homens praticaram o nível de Atividade Física (AF) no lazer diante de 26,4% das mulheres. Nas atividades domésticas, 21,8% das mulheres praticava o nível de AF e 9,1% dos homens. No domínio do trabalho os percentuais foram de 49,2% dos homens e 34,4% das mulheres. Confira aqui mais informações e aqui um artigo que explica o histórico, métodos e perspectivas da pesquisa.

durante o ano, 30,1% dos brasileiros com 18 anos ou mais praticaram o nível recomendado de atividade física no lazer —34,2% dos homens e 26,4% das mulheres.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/11/18/menos-de-35-dos-brasileiros-faz-exercicios-por-lazer-diz-pesquisa-do-ibge.htm?cmpid=copiaecola
durante o ano, 30,1% dos brasileiros com 18 anos ou mais praticaram o nível recomendado de atividade física no lazer —34,2% dos homens e 26,4% das mulheres.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/11/18/menos-de-35-dos-brasileiros-faz-exercicios-por-lazer-diz-pesquisa-do-ibge.htm?cmpid=copiaecola
O trabalho do Programa de Desenvolvimento Humano pelo Esporte - PRODHE - está focado no direito ao acesso às Atividades Físicas e Esportivas e na incorporação das mesmas ao longo da vida. Desta forma, procuramos colaborar para as reflexões acima propostas e para que nossas vidas sejam plenamente ativas, pois muitas das barreiras para a manutenção de vidas ativas estão relacionadas à estrutura socioeconômica atual: falta de tempo e/ou motivação por conta do excesso de trabalho ou tempo utilizado na mobilidade urbana; falta de espaços, programas e oportunidades nas regiões periféricas; estímulo a uma vida mais individualista e um menor senso comunitário e coletivo. Vale ressaltar que esses aspectos ficaram ainda mais evidentes neste período de pandemia.

O que vocês acharam dessa análise? Comentem aqui conosco, compartilhem outras ideias e propostas para que possamos viver em uma sociedade mais justa. Ressalta-se que o que foi colocado precisa estar alinhado com políticas públicas coerentes e integradas. Por isso, aproveitem para relembrar a "Declaração de princípios para uma sociedade melhor", documento elaborado pelo grupo C40 Cities, composto por representantes de 40 das maiores metrópoles do mundo (clique no título) e que também está na aba "Nossa Mochila" do Blog Coletivo Desenvolvimento Ativo Familiar.

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