Saúde Individual e Saúde Coletiva
Determinantes Sociais da Saúde: modelo de Dahlgren e Whitehead |
Temos visto muitas orientações e dicas, inclusive neste Blog Coletivo, para que cuidemos da nossa saúde, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade".
Neste momento, muitas dessas orientações estão voltadas para o bem-estar físico e mental, bem como abordam o convívio social mais próximo das pessoas, principalmente no espaço do lar.
Mas é interessante nos questionarmos sobre como os "Determinantes Sociais da Saúde" (quadro acima com modelo utilizado amplamente em todo o mundo) nos
impactam e como podemos - em um momento de crise global - nos deslocarmos para uma reflexão para além de uma saúde individual; para uma saúde coletiva ou global.
Convidamos você a acompanhar a reflexão e a proposição de algumas ações realizadas pelo nosso parceiro Douglas Andrade! Depois, que tal comentar, levar a conversa adiante e propor outras possibilidades!
Sem dúvida as desigualdades das "condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais" estão mais evidentes, bem como os aspectos de "condições de vida e do trabalho" estavam, estão e serão desafiadores nos próximos tempos. Mas como enfrentaremos esses desafios? Individualmente ou ampliando e buscando um envolvimento em nossas "Redes Sociais e Comunitárias"? Como podemos aprimorar e impactar "modos de vida ativos" e que fortaleçam essa relação de saúde individual e coletiva?
Podemos compreender a promoção da saúde como um processo em que os indivíduos e as comunidades estão em condições de exercer um maior controle sobre os determinantes de saúde, incluindo os determinantes sociais, e desse modo melhorar o seu estado geral de saúde.
Equipe PRODHE
P.S.: para mais opiniões e reflexões, que tal dar uma olhada na matéria "A saúde de cada um depende de condições básicas de vida saudável para todos". Clique no título.
Convidamos você a acompanhar a reflexão e a proposição de algumas ações realizadas pelo nosso parceiro Douglas Andrade! Depois, que tal comentar, levar a conversa adiante e propor outras possibilidades!
Sem dúvida as desigualdades das "condições socioeconômicas, culturais e ambientais gerais" estão mais evidentes, bem como os aspectos de "condições de vida e do trabalho" estavam, estão e serão desafiadores nos próximos tempos. Mas como enfrentaremos esses desafios? Individualmente ou ampliando e buscando um envolvimento em nossas "Redes Sociais e Comunitárias"? Como podemos aprimorar e impactar "modos de vida ativos" e que fortaleçam essa relação de saúde individual e coletiva?
Podemos compreender a promoção da saúde como um processo em que os indivíduos e as comunidades estão em condições de exercer um maior controle sobre os determinantes de saúde, incluindo os determinantes sociais, e desse modo melhorar o seu estado geral de saúde.
A
participação social, nesse cenário, se torna fundamental para que possamos expressar
os nossos desejos sobre, por exemplo, a cidade que queremos e, de forma mais
específica, a escola, o clube da comunidade, a unidade básica de saúde (UBS). Ou, ainda, como a minha rua, condomínio ou bairro em que resido pode aprimorar a
forma de gerir as coisas que eu utilizo.
A
participação social geralmente é ligada somente ao voto, mas há muitas formas
de participar: opinar sobre um serviço prestado; oferecer feedbacks aos
gestores (em qualquer nível de atuação); envolver-se ou simplesmente conhecer
os conselhos municipais de saúde, esporte, educação, entre outros; participar
de reuniões como audiências públicas ou consultas públicas; encaminhar sugestões
para os nossos parlamentares ou até mesmo apresentar projetos (confira clicando aqui uma das possibilidades).
Outra maneira de
participar é encontrar coletivos ou organizações da sociedade civil (OSC) que
tenham os mesmos desejos que você. Aqui no Blog você tem vários exemplos desses
coletivos que dedicam tempo para pensar em uma vida e uma cidade mais ativa. Experimente conhecer e, mesmo que você não participe ativamente, dê visibilidade para os coletivos e OSCs: www.comoanda.org, www.corridaamiga.org, www.cidadeativa.org, www.portalagita.org.br.
Você já
deve ter ouvido a frase "pensar globalmente, mas agir localmente". Assim, sugerimos que quando você voltar a circular pela cidade, olhe para ela como um
lugar de estar e não somente como um lugar de passagem. Observe se as
calçadas estão adequadas para caminhar, conheça os programas de atividade
física que são oferecidos pela UBS perto da sua casa, se os equipamentos de
ginástica nas praças perto de você estão em ordem, se há espaços públicos para
a prática de atividade física. Se a calçada está ruim, se a UBS não oferece
nenhum programa de atividade física ou se a praça não tem equipamento ou ainda
se a quadra do meu bairro ou do meu condomínio sempre está vazia, como eu posso
acionar a minha rede pessoal e comunitária para que isso se transforme
positivamente. Se você ficou interessado no tema, consulte o documento lançado por redes e entidades nacionais com propostas imediatas e estratégias de ação de combate ao COVID-19 na perspectiva do direito à Cidade e da justiça social, clique aqui.
Por
enquanto, se você puder, fique em casa e aproveite as diversas dicas que estão
disponíveis pelas redes sociais sobre como manter a atividade física e reduzir
o comportamento sedentário em sua rotina diária, seja crítico em relação às
diferentes dicas que aparecem, procure conhecer melhor a história da pessoa ou
instituição que ela representa e lembre-se que não há receita pronta e nem
mágicas para se tornar fisicamente ativo, mas usando o mote do Programa Agita São Paulo, todo passo conta!
Douglas Roque Andrade, professor do curso de Educação Física e Saúde da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Acompanhe também a Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde, da qual o Douglas é vice-presidente, clique aqui.
Equipe PRODHE
Que todos possam ter uma vida com saúde plena, com justiça e dignidade! Obrigado pela parceria, Douglas.
ResponderExcluir